No entanto, o tempo passou, e aprendi que chorar nem sempre resolve as coisas e que já estava muito crescido para soltar lágrimas em qualquer canto de qualquer recinto. Suprimi sofrimentos, segurei lágrimas, escondi choros por trás de sorrisos. E eu achei que era forte.

E eu sobrevivi. E parei de chorar. Mas aí veio você, em minha cabeça, atiçar aquela saudade que trago acesa dentro do meu coração há tanto tempo, tanto tempo quanto o tempo que estamos distantes... e doeu, a saudade doeu muito, e o inevitável logo aconteceu: uma lágrima brotou de minhas pequenas glândulas lacrimais, e atrás dessa vieram mais algumas dezenas, todas tentando lavar a saudade entranhada no meu peito junto com o amor que eu sinto por você.
Mais uma vez as lágrimas secaram, e tentei, novamente, me esconder atrás de uma fortaleza, me fazer de pedra, me sentir forte.
E, como num sonho, você veio rapidamente e, também rapidamente, foi embora, me deixando sozinho, com a saudade, que deveria estar mais aliviada, muito mais inchada e dolorida dentro do coração.
Naquele momento, eu não aguentei mais. Tantas coisas me atingiam, e eu não aguentei mas me manter forte, e desmoronei num choro desesperado como aquela pequena criança que um dia eu fora. E as lágrimas estão difíceis de secar...
Rafael Victor
Nenhum comentário:
Postar um comentário