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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Será o Amor?


Estava andando sozinho, algum dia desses, quando tudo aconteceu.
Absorvido em pensamentos e preocupações sem sentido, estava lá eu andando, de cabeça baixa, repassando mentalmente todas as responsabilidades que me cabiam. Ao mesmo tempo era obrigado a encarar alguns problemas que permeavam minha mente naquele momento, idéias e conflitos que até agora não entendo. E enquanto andava, passava por uma poça d'água que refletiu a luz solar e encandeou minha visão, me forçando a parar e levantar a cabeça para recuperar meus olhos. Após reabri-los, pude ver, e não pude parar de olhar... Ela, que vinha andando, cabelos esvoaçantes, expressão despreocupada, uma música sendo cantarolada por seus lábios...
E eu fiquei ali, parado olhando, observando seu jeito, encantado, olhando com os olhos do coração...

Parado como uma estátua, Ignorado como uma estátua. Como se estivesse invisível, fui ignorado por ela, a Deusa, que por mim passava, imune a tudo que a rodeava, principalmente às ondas calorosas de sentimento que meu coração começava a emitir... Nunca soube o que é o amor, então não sabia o que estava sentindo. Mas só consigo me lembrar que nessa hora começou a chover e eu recebi a chuva, como se ela fosse lavar minha alma. Por alguns minutos fiquei ali, deixando a água sagrada me abençoar, quando...

Quando ela, sim, a minha Deusa, veio ao meu encontro, com um guarda-chuva, me dizendo que eu poderia ficar doente... Quando olhei nos seus olhos, não consegui falar mais nada, apenas sorri. E ela correspondeu ao meu sorriso, exibindo o seu, perfeito... E como se carregados com cargas opostas, chegamos perto um do outro e nossos lábios se uniram, num desejo fre
nético e amor infinito... Achei que aquele sonho nunca mais iria acabar e, por mim, jamais acabaria, pois eu conseguiria facilmente ficar ali, para sempre... Mas a chuva parou, mais rápido do que imaginei... e encabulada, ela foi para um lado, e eu lá permaneci, parado, a estátua de antes, mas não mais preocupado ou cabisbaixo; agora feliz e com uma nova forma crescendo no peito... será o amor?



Rafael Victor

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A falta

Não Suporto mais te ver assim tão solitária e tão carente, e eu tão ausente...


Olha a Vida que deram pra gente...



Não me importo mais em ser assim, tão complicado, mas valente...


Eu sigo em frente...


Faço tudo o que for diferente...





Não suporto mais te ver assim, pela metade e, sem maldade, é a realidade...


É o meu coração que não mente...





Não me importo mais em ser assim tão isolado e tão distante...


É importante saber um do outro o que sente...



Mas correr atrás já é demais. Se você corre para trás eu tenho o direito de seguir em frente, porque atrás vem um monte de gente...


E se em algum momento o sentimento te diz que eu não te amo, isso não tem cabimento, eu não aguento não ter o seu reconhecimento...



Porque eu sinto falta de você...





Sei a falta que é você...






Sinto falta de você...










Ricardo Ramos Cruz (Modificado)