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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Vendaval

Veio como o vento. Como um vendaval. Entrou pela boca, olhos, ouvidos, narinas e fez uma bagunça por dentro. Tornou-se furacão em tão pouco espaço e tirou tudo do lugar. A cavidade já estava tão vazia e tão cheia daquele vento todo, quando esse cessou e escapou sorrateiramente pelos mesmos orifícios que entrou. E o interior ficou vazio, sem vento nem nada. Só havia, sei lá, saudade.

                                                             Rafael Victor

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