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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Desejos de um palhaço jovem

Quero ir ao encontro do ser humano e ter como consequência o riso.
Quero encher copos com minha garrafa cheia.
Quero, do meu jeito simples, apaixonado e um tanto atrapalhado (ou desesperado), mostrar a superioridade do outro.
Quero rir de minhas próprias "desgraças".
Quero gargalhar com cabeças em minha barriga.
Quero jogar com os melhores companheiros do mundo. E cair mil vezes no mesmo truque que eles fizerem.
Quero ter nas mãos o mágico bastão que me dá o poder da palavra e as torna muito mais coloridas e brilhantes.
Quero escrever tudo o que sinto e vivencio num certo caderninho amarelo.
Quero me jogar de cabeça, apaixonado, intensamente em tudo que fizer, dando tudo ao jogo.
Não quero deixar a bola cair, mas só quero passá-la ao meu companheiro quando ele estiver realmente pronto para receber.
Quero encontrar os seres humanos nos olhares, me conectar através deles e passar a bolinha na "surdina". Ou fazer uma saudação calorosa e, quando errar, rir junto com a exposição de nossas "esquisitisses" numa dancinha bem humorada.
Quero fazer parte de um sincício, de um corpo só e ainda assim não deixar de ser eu.
Quero receber de braços abertos o que e quem vier, cheios de surpresas e sentir intensamente tudo, mesmo que não consiga me expressar em palavras ou explicar para os mais curiosos.
Quero voar pelo mundo, conhecer sábios e lugares inimagináveis.
Quero viajar no tempo, conhecendo bufões, sátiros, pierrots, colombinas e, por que não, alerquins?
Quero cair no país da leveza, das maravilhas, das cores, da simplicidade e dos principezinhos. Ir para a terra do Dom Gentileza e de seus Clowns.
Quero vestir um sorriso junto com um nariz vermelho e distribuir abraços por aí.
Quero tudo isso e muito mais porque acredito muito e acredito junto. Com toda a minha paixão e toda minha Verdade.

Quero colocar meu nariz vermelho como norte do meu olhar. E quero que meus olhos, como espelhos de m'alma, mostrem ao mundo tudo o que guardo em mim e encontrem a dor para transformá-la em alegria. Alegria sincera, verdadeira...



Rafael Victor

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